Pinhal de Sao Bento
Criada pelo Decreto 12.417 do presidente Getúlio Vargas.
O responsável pela distribuição de terras da Cango, na região de Pinhal,
Era Marciano de Sá. Ele fazia viagens pela região no lombo de um burro, “o burro do
“Cango”, como era conhecido. Quando o senhor Marciano chegou, na localidade já residia
Luiziano Rozário Borba e os Rutes.
Os Rutes eram uma comunidade religiosa que tinha como líder o senhor João
Rute, uma espécie de curandeiro. Nesta comunidade havia mais ou menos setenta famílias
E todas seguiam os princípios ensinados pelo senhor João Rute. Na época o local era
Chamado de Pinhal dos Rutes.
Com a chegada de novos moradores, principalmente o senhor Marciano de Sá e
O senhor Alzemiro Motta, e devido ao conflito por causa da seita, os Rutes sentiram-se
Incomodados, pois não se adequavam aos costumes de outras comunidades. Eles viviam
De caça, pesca, ervas e algumas produções de subsistência. Não eram permitidas criações
De animais com casco partido, não vendiam seus produtos por dinheiro, realizavam
Escambo por objetos ou animais. Os novos moradores queriam efetivamente criar um
Núcleo urbano, com igreja e escola. Então, os Rutes tomaram outro rumo e foram para
O interior do município de Barracão por volta de 1954.
Eles, porém, cultivavam um pinheiro singular, que havia no local e possuía
Galhos formando uma cruz. Dizem que foi descoberto por Bento Monteiro, seguidor dos
Rutes. O senhor João Rute disse ao deixar a localidade, que aquele pinheiro não poderia
Ser derrubado e se alguém o fizesse iria ser amaldiçoado, assim como toda sua família.
E o lugar nunca mais iria se desenvolver. O pinheiro foi derrubado pelo senhor Algemiro