Pim boticario
Como a Alpargatas transformou as sandálias Havaianas numa das raras marcas brasileiras conhecidas -- e valorizadas -- no exterior
Por Cristiane Correa
Angela, da Alpargatas: mudança no perfil dos distribuidores
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imprima este artigo Elas estão nas prateleiras de lojas de departamentos chiques como Saks Fifth Avenue e Bergdorf Goodman, em Nova York, e Galleries Lafayette, em Paris. Ocupam espaço em vitrines da badalada Via Spiga, em Milão, dividindo a cena com as marcas Dior e Prada. No ano passado, foram as sandálias escolhidas pelo estilista francês Jean-Paul Gaultier para calçar as modelos que desfilaram sua coleção de verão. Personalizadas, chegam a custar 100 libras (quase 500 reais) em algumas modernas lojas inglesas. As brasileiríssimas Havaianas, lançadas pela São Paulo Alpargatas em 1962, são a bola da vez na cena fashion internacional. O chinelo de borracha que já foi considerado "coisa de pobre" no Brasil hoje enfeita pezinhos milionários, como os das atrizes Julia Roberts e Sandra Bullock, e os das top models Naomi Campbell e Kate Moss. As Havaianas de hoje -- como as de antigamente -- não soltam as tiras e não têm cheiro. A diferença é que, agora, elas vendem pra dedéu lá fora.
Nos últimos anos, a receita gerada pela exportação do produto -- um aparentemente simples chinelo de borracha -- praticamente quadruplicou (veja quadro na pág. 80). A expectativa da Alpargatas é que neste ano sejam vendidos 5 milhões de pares no mercado internacional. Tal volume ainda é pequeno quando comparado à produção total da empresa -- em 2002 foram fabricados mais de 130 milhões de pares de calçados, sendo 115 milhões de Havaianas. Em 2001, as vendas do produto no varejo atingiram 600 milhões de reais. (A Alpargatas também é dona das marcas Rainha, Topper, Mizuno e Timberland.) No entanto, a curva ascendente do produto indica para o