Pigmentações e calcificações patológicas
1. DEFINIÇÃO
Denomina-se pigmentação o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo, que são substâncias de origem, composição química e significado biológico diversos que têm cor própria.
A pigmentação patológica pode representar o resultado de alterações com acúmulo ou a redução de certos pigmentos, sendo, um fator marcante em várias doenças. Essa pigmentação patológica pode ser de origem endógena, pois são produzidas por meio da atividade metabólica das próprias células do organismo, e o pigmento pode ser de origem exógena que alcançam o interior do organismo por via respiratória, digestiva ou quando inoculados através da pele depositando-se em diversos órgãos.
2. PIGMENTAÇÕES ENDÓGENAS
Em geral, resultam da hiperprodução e acúmulo de pigmentos sistetizados pelo próprio organismo. No organismo humano há algumas classes de pigmentos, entre elas: Pigmentações Hemoglobínicas ou derivados da hemoglobina e Melanina.
2.1 Pigmentações Hemoglobínicas
São pigmentações derivadas da hemoglobina que dá a cor vermelha às hemácias, sendo substância responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e de gás carbônico dos tecidos para os pulmões. A sua molécula consta de duas partes fundamentais: a globina, uma proteína; e o grupo, que possui quatro anéis pirrólicos que contêm ferro.
As hemácias têm vida média de 100-120 dias, após os quais são retiradas da circulação principalmente no nível do baço, sendo aí destruídas. Quando isso acontece,a molécula de hemoglobina é dividida em três partes: a globina, que reverte como uma proteína para a engrenagem metabólica do organismo; a bilirrubina, que se constitui do pigmento da bile; e o ferro.
2.2 Pigmentos Biliares
O principal pigmento biliar é a bilirrubina, que se origina da decomposição da hemoglobina. A bilirrubina não tem uma função fisiológica conhecida, embora tenha sido sugerida para ela uma ação antioxidante. A sua formação é um evento