Petróleo
TUDO
SE TRANSFORMA por Beatriz Cardoso e Cassiano Viana
Do refino à petroquímica, é cada vez maior a integração dos processos industriais que têm como matéria-prima os hidrocarbonetos, consolidando um novo cenário no Brasil, onde a necessidade de gerar mais insumos, inclusive a partir de petróleo pesado, incentivou o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de derivados de maior valor agregado.
20 TN Petróleo nº 62
Foto: Rogério Reis, Petrobras
DO PRÉ-SAL
Foto: Banco de Imagens Petrobras Foto: Geraldo Falcão,
TN Petróleo nº 62 21
especial: petroquímica
P
ara a indústria petroquímica brasileira, os últimos três anos entrarão para a história como o período de grande transformação deste setor, que abrange desde a retomada da atividade por parte da Petrobras, com a implantação de novas unidades, até a consolidação de operações de aquisição e reformulações societárias que lhe delinearam um novo perfil. Foi o coroamento de um processo iniciado com o programa de desestatização de 1992, que passou por várias reviravoltas para transformar um segmento que se configurava como um emaranhado de empresas com participação uma nas outras, e uma área com alguns players importantes, que pretendem marcar posição no cenário mundial. O retorno da Petrobras ao segmento petroquímico foi demarcado inicialmente pela implantação de novas unidades industriais de primeira geração (eteno, propeno, benzeno etc.), em simultâneo à modernização das plantas de refino para o processamento de petróleo mais pesado e produção de combustíveis mais limpos (gasolina e diesel com menores teores de enxofre) e outros derivados de maior valor agregado. A criação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) consagrou a estratégia de retomada da Petrobras na área petroquímica, tornando-se o maior investimento individual na história da estatal – que até então reservava os investimentos mais vultosos para as atividades de exploração e