Petróleo
A primeira descoberta de petróleo, com repercussão comercial, ocorreu nos EUA, em 1858. Logo, surgiria naquele país um famoso magnata do petróleo, Rockfeller, dono da Standard Oil, que, sem demora, se impõe como verdadeiro império petrolífero. Para competir com essa potência, aparece a Shell.
No Oriente Médio, a primeira exploração de petróleo se deu na primeira década do século passado, por iniciativa do inglês, William Knox D’Arcy, que conseguiu do governo do Irã (na época, Pérsia) a concessão de mais de dois terços do país, para exploração por 60 anos. William logo se uniria a outros grupos privados, criando a empresa petrolífera, Anglo-Persian.
Mais tarde, em 1914, o governo inglês se interessa por ela, devido à importância do petróleo num momento em que essa fonte de energia já era muito usada no mundo e, sem demora, torna-se dono da maioria das ações dessa empresa. É o surgimento da primeira estatal do mundo.
Os ingleses levavam a quase totalidade dos lucros provindos do petróleo, deixando apenas migalhas para o Irã. Faziam o mesmo em outros países do Oriente Médio, onde também imperava seu controle sobre a produção e o comércio de petróleo.
Por seu lado, vendo sua riqueza principal sendo levada, não só pela Anglo-Persian (Anglo-Iranian), como também pela Shell e multinacionais americanas, que, igualmente, já avançavam na região, os países do Oriente Médio começam a se revoltar e a impor regras de participação nos lucros da produção de petróleo, tendo de enfrentar conspirações e, até mesmo, ações militares de potências que estavam por trás de tais empresas. Crescia o sentimento nacionalista na região. Em 1951, o governo de Mossadeg decide nacionalizar a Anglo-Iranian. Vem a reação da Inglaterra e outras potências capitalistas. Ocorre o bloqueio à venda do petróleo iraniano. A economia do país entra em colapso, e o governo americano, através da CIA, organiza um golpe de Estado para derrubar Mossadeg, chefe do governo