Petróleo no Brasil e Política Externa
Introdução:
Na década de 1850, no Brasil e no mundo, o comércio de substâncias utilizadas para iluminação crescia. A expansão das cidades na época era um fator crucial que contribuía para o crescimento do mercado de iluminantes. No período em questão, o Brasil possuía uma população aproximada de oito milhões de pessoas. Ainda nesta mesma década surgem os primeiros esforços de extração de petróleo.
1 – O Início de Tudo (1958)
Em 1958, foram feitas no Brasil, as primeiras concessões para extração de betume e de turfa vegetal em localidades na Bahia, com o propósito de se produzir iluminantes. As concessões deveriam ser solicitadas à autoridade imperial, que poderia negar ou conceder o pedido. Datam de dois de outubro de 1958 os dois primeiros decretos concedidos pelo Marquês de Olinda autorizando a concessão. Vale ressaltar, que em ambos estes decretos, cabia à pessoa do requerente definir a substância que iria explorar, bem como por quanto tempo iria explorá-la. No período em questão, observa-se um grande poder dado aos particulares.
Nas décadas posteriores, promulgaram-se inúmeros decretos, que possibilitavam concessões para exploração de lavras mineiras em locais como: Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Santa Catarina e Paraná. Mesmo após o fim do Império, houve a revalidação de algumas concessões, mesmo após a proclamação da República.
Havia por parte dos investidores que exploravam o petróleo, certa descrença, que impedia o desenvolvimento interno da indústria no mesmo ritmo da indústria no mundo.
2 – A Primeira Descoberta (1892)
No ano de 1892, o pioneiro, Eugênio Ferreira de Camargo que era engenheiro, contratou o belga August Collon (doutor em ciências naturais) e um sondador norte-americano. Camargo importou equipamentos e sondas modernas, e com o auxílio de pessoal experiente, perfurou na Bahia um poço em Bofete, com a profundidade de 488 metros, do qual conseguiu extrair apenas