Petroleo no Brasil
“O consumo vai aumentar, mas o grosso disso vai para o mercado externo”, explicou Tolmasquim, alertando que o volume considera tanto a produção da Petrobras como do setor privado. De acordo com o PDE, metade da produção será destinada às exportações.
Em relação ao gás natural, a estimativa da EPE é um salto da oferta dos atuais 58 milhões de metros cúbicos (m³) por dia em 2011, para 142 milhões m³/dia em 2020. O percentual de participação do conjunto das fontes renováveis de energia (hidráulica, eólica, etanol, biomassa, entre outras) também vai aumentar na matriz energética brasileira nos próximos dez anos. A presença destes recursos, que somou 44,8% em 2010, chegará a 46,3% em 2020.
O PDE, que está aberto à consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia, projeta aumento expressivo da demanda por etanol no mercado brasileiro como resultado da expansão dos veículos bicombustível, que atualmente representam metade da frota nacional, mas que devem chegar a 78% dos automóveis em circulação no País em 2020. Além disso, a EPE projeta que o preço do etanol será competitivo em relação ao da gasolina. A oferta de etanol concentra quase a totalidade dos investimentos previstos para a área de biocombustíveis, que somam R$ 97 bilhões.
“Quando aumenta o flex [carro bicombustível], aumenta também o consumo do etanol. Historicamente, 70% das pessoas que têm carro flex consomem etanol em vez de gasolina”, disse