PETROBRAS
Jaqueline de Vargas
O primeiro poço brasileiro foi fundado antes da existência da Petróleo Brasil S/A, em 1939 quando ainda se considerava o petróleo dispensável à sociedade (CARNEIRO et al, 2014 web), por esse motivo o início da empresa veio a partir do Governo. Ainda na década de 50 o Brasil já se via as voltas com o atraso na industrialização de sua produção. Em maio de 1952 o primeiro projeto da Petrobras foi enviado à Câmara das 6 comissões, apenas duas (a de Finanças e a de Economia) o aceitaram sem restrições. A Comissão de Constituição e Justiça deu-lhe parecer favorável, apresentando, porém um total de 23 emendas. O principal pensador do projeto da empresa foi Getúlio Vargas, porém na mesma época um outro projeto surgia como ‘substitutivo’ para o primeiro, o segundo plano apresentado pelo PTB ainda mantinha a empresa com economia mista (participação do Governo e acionistas), porém previa um rígido controle estatal que limitava os direitos dos acionistas. Então em março de 52 o projeto substitutivo foi aceito pela Camâra. A posição da esquerda pode ser exemplificada segundo Baleeiro (1952 apud FIORIO, 2014 web) “Afirmamos, os deputados da UDN, que de boa-fé qualquer pessoa pode sustentar a conveniência da entrega do petróleo aos trustes, conforme as circunstâncias, claro. Fora outro o governo e tivéssemos uma fórmula nítida diante dos olhos, sim, porque não seria eu que tivesse medo dos gringos. No caso concreto, porém, nas circunstâncias atuais, diante da inexistência dessa fórmula definida, leal, a melhor solução é o Estado.”, ou seja, a UDN (União Democrática Nacional) acreditava que a Petrobrás deveria se manter essencialmente estatal para não cair nas mãos de estrangeiros por meio de ações. Em vista dos acontecimentos da esquerda, Getúlio enviou um requerimento com pedido de urgência na decisão dos projetos, a partir daí uma espécie de Guerra Fria se instaurou no cenário político brasileiro, com campanhas e ‘alfinetadas’ vindas dos