OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL E SEUS EFEITOS

OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL E SEUS EFEITOS

CRUZ, Emily de Souza; FARIAS, Fernanda Durães de; PATRÍCIO, Maria Inêz Mendes; SILVEIRA, Daniela Cristina Teixeira*; COELHO-JÚNIOR, Achilles Gonçalves**

RESUMO Este artigo foi produzido a partir do Estágio de Formação IV do curso de Psicologia realizado no CAPS Hélio Sales de Montes Claros. Primeiramente foi feito uma análise do percurso histórico do uso do trabalho e da atividade no campo da saúde mental, refletindo sobre o atual modelo advindo da Reforma Psiquiátrica, em que se busca a substituição dos manicômios por serviços substitutivos, como o CAPS. Neles, as oficinas terapêuticas surgiram como uma das principais formas de tratamento. Este trabalho tem como objetivo analisar os efeitos que as oficinas terapêuticas exercem sobre os usuários do serviço, tendo como recurso metodológico a utilização de pesquisa bibliográfica e pesquisa-ação. De acordo com a Psicologia Existencial, a psicopatologia está relacionada a uma ausência de sentido para a vida, desta maneira teria um estatuto de frustração existencial. Nesta perspectiva, o ser humano é compreendido na totalidade de sua existência. Como resultado da intervenção, foi constatado que as oficinas permitem aos usuários a expressão e comunicação de idéias e emoções, possibilitando a interação social e a construção de sentidos para o sujeito portador de sofrimento mental.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental; Oficinas terapêuticas; CAPS; Psicologia Existencial; Portador de Sofrimento Mental.

1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos a utilização do trabalho e da atividade no campo da saúde mental assumiu diversos significados, primeiramente atendendo a uma lógica segregacionista até os modelos atuais em que se busca atender as demandas do louco levando em conta o respeito à sua subjetividade e à sua integridade como pessoa e cidadão.
Segundo Guerra (2008), no século XVII, a loucura era tratada como uma forma de desvio social. Criaram-se estabelecimentos