PETAR como Unidade de Conservação
Introdução
O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira aparece como um dos mais antigos do Estado de São Paulo. Possui 35.772,5 hectares de terras e abrange os municípios de Iporanga e Apiaí. O Parque tem sua área coberta pela densa e exuberante vegetação da Mata Atlântica e integra a Zona Núcleo da Reserva da Biosfera. É considerado como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, pois reúne uma das áreas de Mata Atlântica mais preservada do Brasil. O PETAR faz parte do Mosaico de Unidades de Conservação do Paranapiacaba, composto ainda pelo Parque Estadual Intervales, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual Nascentes do Paranapanema, Estação Ecológica Xitué e Área de Proteção Ambiental Estadual da Serra do Mar. Devido ao alto nível de preservação da região, o parque abriga espécies da Mata Atlântica típicas de matas primárias, quase sem intervenção humana. O patrimônio cultural histórico, arquitetônico, arqueológico e imaterial é também riquíssimo. Um exemplo são os sítios arqueológicos como os sambaquis, que são presentes na região.
1. Criação da reserva
As bases para a criação do parque datam desde o início do século XX, ocasião em que foram iniciados os levantamentos e pesquisas sobre o riquíssimo patrimônio espeleológico existente na região do Vale do Ribeira. O PETAR foi criado pelo Decreto Estadual nº 32.283 de 19 de maio de 1958. O nome Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira só surgiu em novembro de 1960, quando uma Lei Estadual decretou que a área eram terras e de conservação permanente. Essa Lei Estadual auxiliou na conservação do parque que é hoje a maior reserva de Mata Atlântica do país. E o PETAR não se resume a isso, sua extensa área ainda conta cavernas de origem calcária. Na porção mais a nordeste do Estado do Paraná e sudoeste do Estado de São Paulo, incluindo-se a Serra de Paranapiacaba, ocorrem faixas de