Visita técnica ao petar
Os ambientes cársticos são formados por um tipo de relevo geológico caracterizado pela dissolução química (corrosão) das rochas, que leva a formações físicas como cavernas, dolinas, vales secos, vales cegos, cones cársticos, rios subterrâneos, canhões fluviocársicos, paredões rochosos expostos e lapiás. O relevo cárstico ocorre predominantemente em terrenos constituídos de rocha calcária, mas pode ocorrer em outros tipos de rochas carbonáticas, como o mármore e rochas dolomíticas. O principal testemunho geológico subterrâneo do carste são as cavernas. Formadas pela água ácida que atinge a zona freática e dissolve a rocha ao longo das rachaduras originais. Após milhares de anos essas cavidades se tornam grandes galerias. Quando o nível freático se rebaixa naturalmente devido à dissolução e aumento de permeabilidade de camadas inferiores, essas galerias se esvaziam. Em muitos casos, tetos que eram sustentados pela pressão da água podem desmoronar, formando grandes salões de abatimento. O desmoronamento de tetos de caverna pode levar ao rebaixamento do solo acima dos salões, formando dolinas de colapso, que podem se tornar entradas para a caverna. Outras entradas podem ser formadas em sumidouros ou ressurgências e se mantêm mesmo depois que a água abandona a caverna. A ação da água não se encerra após o esvaziamento das galerias e salões. A carstificação neste caso passa a ser construtiva. Os minerais removidos da rocha sobre a caverna, ao precipitarem e cristalizarem criam espeleotemas, as formações rochosas típicas das cavernas, entre as quais as mais conhecidas são os estalactites e estalagmites. As regiões cársticas perfazem mais de 20% da superfície do globo terrestre. Estima-se que por volta de 25% da população mundial dependa da água subterrânea em regiões cársticas. Dos 5 a 7% do território brasileiro ocupados por terrenos cársticos (KARMANN, 1994), as faixas carbonáticas dos Grupos