Pesquisa operacional
Neste capítulo estudaremos o processo de modelagem em Pesquisa Operacional (PO). O objetivo aqui, não é o de em obter soluções de problemas de PO, mas sim o de modelar problemas, em contraposição ao uso apenas da experiência e do bom senso. Como referência básica nos referimos aos dois primeiros capítulos do livro de Hillier e Lieberman 1995, e aos capítulos primeiro, segundo e quinto de Goldbarg e Luna, 2000. A influência da Segunda Guerra Mundial foi decisiva para o ressurgimento da PO, e os desenvolvimentos que se seguiram nas décadas que sucederam ao grande conflito são devidos especialmente à difusão do computador nas universidades e empresas. Havia demandas da parte da indústria e dos governos (transportar, planejar e interceptar, etc.), novos conhecimentos em Matemática, Engenharia, Estatística e Computação eram publicados, e financiamentos de pesquisa nesta área de conhecimento surgiram. O projeto Scientific Computation of Optimum Programs é um exemplo de relevante financiamento ocorrido na ocasião, que resultou num grupo formado para pesquisar a viabilidade em aplicar a Matemática e técnicas correlacionadas à análise de problemas de planejamento e programação militar. 1.1 O processo de modelagem Os responsáveis pela tomada de decisões nos mais variados campos da atividade humana defrontam-se com a necessidade de resolver algum problema específico de PO. A compreensão e a definição do problema são de fundamental importância para o processo de modelagem. O primeiro passo para a resolução de um problema de PO é a formulação, que consiste em traduzir a realidade empírica para sentenças lógicas e dados objetivos, permitindo a partir daí o estabelecimento de um modelo matemático. É onde devemos decidir (julgamento humano) que aspectos do sistema real devemos incorporar ao modelo, assim
como quais podem ser ignorados, que suposições podem ser feitas e quais podem ser descartadas. A tradução está sujeita a erros