Pesquisa Mies Van der Rohe
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Embora a casa de Rietveld tenha sido uma das primeiras manifestações arquitetônicas de inspiração minimalista, o desenvolvimento desta tendência foi continuado por Mies Van der Rohe (1886 –1969) a partir da interpretação da metáfora “less is more” (4), o que equivale dizer “menos vale mais”, ou “menos significa mais”. A fecundidade da metáfora miesiana reside na abrangente multiplicidade de significados que suscita, em diversos planos de compreensão. Não se trata, portanto, de uma analogia visual direta ou literal em que o edifício resulta em um signo icônico óbvio de seu conceito gerador, como em muitos exemplos do figurativismo arquitetônico pós-moderno (5). A abrangência deste aforismo, convertido em um dos princípios fundamentais não só do pensamento arquitetônico moderno, como também de algumas tendências não-figurativas do pós-modernismo arquitetônico, conduziu não somente à concepção de obras arquitetônicas comunicadoras de belas poéticas internas, mas também a um sincero questionamento sobre as próprias qualidades de uma boa arquitetura.
A influência neoplasticista na obra de Mies manifesta-se claramente no Pavilhão alemão na Feira Mundial de Barcelona (1929), expressão emblemática da metáfora minimalista (fig. 4). Subjacente à aparente simplicidade do minimalismo arquitetônico de Mies, reside um ideal de perfeição platônica materializado a partir de um sofisticado jogo combinatório de lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais e verticais e painéis de mármore. Os delgados pilares metálicos cruciformes revelam uma expressão estrutural ao mesmo tempo singela e vigorosa, produzindo um tipo de tensão essencialmente minimalista.
Alguns dos elementos da linguagem moderna da arquitetura que se mostram presentes nestes exemplos, tais como a tendência à abstração, a ampla recorrência às formas geométricas puras, a assimetria, os planos e balanços, as relações de transparência entre espaço interno e externo, o elevado rigor técnico e a estética