1. INTRODUÇÃO Velho... O que é velho? Uma roupa, um móvel, uma comida guardada há dias na geladeira, um sapato muito usado. O que fazer com o que é velho? Para onde mandar? Jogar no lixo ou doar para alguém. Poucos pensam em reciclar... Mas... E quando os velhos são os nossos pais? Não se pode jogar no lixo... O que fazer com eles? Eles incomodam, atrapalham, não fazem nada, não sabem nada... Só que não dá para jogar no lixo... Então doamos... para o asilo. Doar é mais fácil do que, num ato de amor, analisá-los bem, Ver quanto eles foram úteis e ainda são. Perceber o quanto sabem, o quanto podem amar e reciclar. Até há pouco tempo, por volta dos anos 60, não havia interesse pelo estudo sobre os idosos. Até que os cientistas começaram a envelhecer e, então começaram a interessar-se pelo estudo da velhice (O legado de Paul B. Baltes à Psicologia do Desenvolvimento e do Envelhecimento - Anita Liberalesso Neri Unicamp). Lançaram um novo olhar sobre o idoso e perceberam que nem na agenda dos cursos de psicologia, nem nas pesquisas havia um estudo sobre essa fase do desenvolvimento. Hoje os estudos já estão um pouco mais evoluídos, conhece-se um pouco mais sobre as problemáticas do idoso e, também, um fator que pode ter sido importante para essa conquista: é a descoberta de que o idoso é um grande nicho de mercado que passava despercebido e de que a sociedade está envelhecendo. Temos que conhecer essas pessoas para poder cuidar. Escolhemos estudar o idoso, porque queremos saber um pouco mais desse universo de sabedoria e, também, tentar entender o porquê de um filho entregar o pai, ou a mãe, em um asilo, isolando-o da família. Os motivos estariam na vida atual dos filhos, onde não cabem os pais, ou na vida passada dos pais, onde não couberam os filhos? Essa questão analisaremos em uma outra oportunidade. Aqui nosso intuito é