Pesca

Factores Naturais que explicam a riqueza piscatória das grandes regiões de pesca

A quantidade e diversidade da espécies piscícolas depende de factores como a profundidade, a temperatura, o grau de salinidade da água e a abundância de nutrientes, normalmente plâncton, o qual constitui a base da alimentação de muitas espécies. Por estas razões as áreas mais ricas em pescado correspondem, normalmente, às plataformas continentais, às zonas de encontro de correntes maritimas e às zonas de Upwelling.

Nas plataformas continentais a abundância de recursos piscícolas deve-se: * À pequena profundidade, a qual permite uma maior penetração de luz solar e consequentemente melhor formação de plâncton;

* À maior agitação das águas, o que as torna mais ricas em oxigénio e em plâncton;

* À menor salinidade das águas, devido à mistura destas com a dos rios que nelas desaguam;

* À abundãncia de nutrientes orgânicos e inorgânicos (minerais), transportados pelos rios a partir do interior dos continentes.

Assim, nas áreas aonde a plataforma continental e mais extensa, como acontece, por exemplo, no Nordeste do Atlântico e no Noroeste e Centro-Oeste do Pacifico, existe maior abundância de pescado.

Nas zonas de encontro de correntes a fauna marinha também é abundante poruqe o ovimento das águas possibilita: * A sua permanente renovação e arrasta consigo grandes quantidades de plâncton e de nutrientes; * A concentração e o aumento da diversidade de pescado, sobretudo nas áreas de contacto entre correntes diferentes (frias e quentes), pois podem aí encontrar-se simultaneamente espécies caracteristicas dos dois tipos de águas. Tal sucede, por exemplo, no Noroeste do Pacífico, ou no Noroeste do Atlântico, mais precisamente nas costas da Terra Nova, cuja riqueza em pescado resulta da convergência das águas quentes da corrente do Golfo e das águas frias da corrente do Lavrador.

As zonas de Upwelling são também bastante ricas em pescado, uma vez que