Período Regencial
É como ficou conhecido o decênio de 1831 a 1840 na História do Brasil, compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e o chamado "Golpe da Maioridade", quando seu filho D. Pedro II teve a maioridade proclamada.
Ocorre nesta fase uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada no Maranhão, a Sabinada na Bahia e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, a maior e mais longa - que mostravam descontentamento com o poder central e as tensões sociais latentes da nação recém-independente - o que provocou o esforço conjunto de opositores por manter a ordem; sobre o período registrou Joaquim Nabuco que "No Brasil, porém, a Regência foi a república de fato, a república provisória..." Tratava-se de se construir um arranjo político que garantisse aos grupos a preservação de seus interesses, bem como a unidade territorial sob o manto da monarquia centralizadora - algo que apenas se consolidou somente por volta de 1850.
REVOLTAS:
Cabanagem (1835-1840)
Seus principais fatos foram: domínio sobre Belém durante um ano e lutas no interior, morte de 40% da população da província. A rebelião que explodiu em Pará teve como líderes Malcher, Vinagre e Angelim. Causas: revolta dos liberais contra o presidente nomeado pelo governo regencial e situação de miséria dos cabanos.
Sabinada (1837-1838)
A rebelião que explodiu em Salvador da Bahia teve esse nome pois seu líder foi o médico Francisco Sabino. Proclamou a República Bahiense, que, curiosamente, seria provisória: terminaria quando D. Pedro II assumisse o trono. Violentamente reprimida, nela morreram milhares de pessoas.
Balaiada (1838-1841)
O movimento recebe esse nome pois o líder da revolta era um artesão de apelido Balaio. A crise na exportação de algodão teve papel importante na revolta, apoiada pela população mais pobre, inclusive escravos. A repressão custou muitas vidas. Aos poucos, o movimento transformou-se em confronto racial e em protesto contra a miséria.