Período entre guerras
Os
enormes avanços científicos, econômicos, tecnológicos e culturais que marcaram o século XIX trouxeram a sensação de prosperidade e paz.
Os
europeus, alheios às guerras e à violência da exploração imperialista cujos ônus recaiam sobre os povos africanos e asiáticos, tidos como inferiores, viviam um clima de deslumbramento que mais tarde foi chamado de “Belle Époque”.
Enquanto isso, os governantes das potências imperialistas evitavam os choques diretos com suas concorrentes, mas preparavam-se para a guerra: era a Paz Armada e a Política de Alianças, tudo feito à revelia dos povos.
Em verdade, a Europa tornou-se um imenso paiol de pólvora, faltava acender o estopim.
Em 1914, o Arquiduque Francisco Ferdinando, de Habsburgo, herdeiro do trono Austro-húngaro foi assassinado em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina.
O autor do atentado foi o jovem sérvio Gravilo Princip, membro de uma sociedade secreta ultranacionalista sérvia.
Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia. Rússia, amiga da Sérvia, declara guerra à Áustria. Alemanha,aliada da Áustria, declara guerra à Rússia.
Inglaterra e França, parceiras da Rússia na Tríplice Entente, declaram guerra à
Alemanha e à Áustria-Hungria. Resultado: está armada uma enorme guerra em toda a Europa que duraria até 1918.
No início pensava-se encerrá-la em poucos meses, depois... mostrou-se um bom negócio e aí era melhor estendê-la. Da “guerra de movimentos”, passou-se à “guerra de trincheiras” (ou de posições). No mar, apesar dos submarinos, não houve vitória de nenhum lado, no ar, a guerra àquela altura foi quase um esporte. Era em terra, nos buracos, nas trincheiras que se morria aos milhões. Somente a entrada dos Estados Unidos, de um lado, e a saída da
Rússia, por efeito da Revolução Bolchevique, levaram a uma definição final do conflito. Assinou-se, por fim, em 1918 o Tratado de Versalhes, humilhante para os alemães, que afinal não haviam perdido a guerra.