personagens de o crime do padre amaro
PADRE AMARO - Órfão ainda na infância, vai para o seminário por desejo de sua protetora, a marquesa de Alegros. Manifesta religiosidade, mas também tem fortes desejos sexuais. Mesmo assim, ordena-se sacerdote. Incapaz de conter sua libido, acaba seduzindo Amélia. É ciumento e possessivo com a jovem. Quando a amante engravida, manda-a para a roça, para evitar um escândalo. Depois que nasce o bebê, envia-o a uma “tecedeira de anjos”, que mata a criança. Dessa forma, o crime que dá título ao livro pode ser tanto a responsabilidade pelo assassinato do próprio filho quanto a quebra do voto de celibato clerical.
AMÉLIA - Filha da senhora Joaneira, é uma moça facilmente influenciável. Após uma decepção amorosa na adolescência, busca consolo na fé católica, tornando-se uma beata excessivamente confiante nos padres. Assim como Amaro, não consegue controlar os instintos sexuais e se deixa seduzir em sua casa, onde o jovem padre alugara um quarto por um tempo. Trai o noivo, João Eduardo, para ficar com Amaro. Aos poucos, passa a ter crises de consciência, que se manifestam em ataques de histeria. É fraca e, por mais que resista, não consegue livrar-se da influência de Amaro. Morre de hemorragia, logo após o parto.
CÔNEGO – O cônego Dias Mestre de Amaro gosta de comer bem e de viajar regularmente para a praia, ou seja, valoriza o conforto. Mantém um caso amoroso com a senhora Joaneira e indica Amaro para que seja inquilino da mulher. Acoberta a relação entre o pupilo e Amélia.
SENHORA JOANEIRA - Viúva, é mãe de Amélia. Apesar de beata, mantém relações sexuais com o cônego Dias, tanto por necessidade financeira como por desejo carnal. É fofoqueira e fútil, como todas as outras senhoras católicas que freqüentam sua casa.
JOÃO EDUARDO - Noivo de Amélia, espera apenas uma promoção para poder se casar. Percebendo a atração que Amaro exerce sobre sua noiva, escreve um artigo anônimo denunciando a corrupção do clero de Leiria,