perpctiva
Qual o papel da perspectiva na evolução da história da arte?
Como "educou" o nosso olhar?
A perspectiva é o método que permite a representação de objectos tridimensionais em superfícies bidimensionais, através de determinadas regras geométricas de projecção. As imagens possibilitam a percepção de uma realidade tridimensional se para tal se obedecer ao conjunto de prescrições que da Vinci expôs em Tratado da Pintura (pelo que são frequentemente conhecidas por "regras de Leonardo") [Aumont, 1993, p. 63].
Pela perspectiva linear, o artista representa um objecto tridimensional projectando-o sobre um plano a partir de um ponto - o ponto de fuga, que se encontra sobre o eixo óptico ou de visão, uma linha de horizonte imaginária. Todas as linhas de projecção da pintura convergem para esse ponto, que, apesar de poder não estar representado, tem uma relevante presença na estrutura da obra [Villafañe, 1992, pp. 98-99].
Os elementos mais distantes do olho são os que se encontram mais próximos do eixo de visão. Os objectos mais pequenos são interpretados igualmente como estando mais distanciados [Aumont, 1993, p. 41]. Contudo, não há uma equivalência inequívoca entre representações bidimensionais e o seu equivalente tridimensional. De facto, a uma mesma projecção podem corresponder diversos objectos tridimensionais [Aumont, 1993, p. 42].
A perspectiva linear baseia-se no modelo ocular, isto é, nas projecções sobre a retina (pelo que foi primeiramente designada por perspectiva naturalis). Uma perspectiva distinta é a geométrica, aplicada na pintura e na fotografia. Esta última resulta de uma convenção em parte arbitrária (donde a designação perspectiva artificialis). Na nossa percepção, a perspectiva linear está presente na maioria das vezes como uma perspectiva dinâmica, pois ao movermo-nos o nosso campo visual está em constante transformação, mas de uma forma que o cérebro interpreta como congruente [Aumont, 1993, pp. 42-43].
Uma outra técnica