Pernambuco
Com o seu litoral aberto para o Oceano Atlântico, o mar ilustre do século XVII, o oceano seiscentista das grandes batalhas navais, como um dos motivos dessas mesmas batalhas,
Pernambuco, e em geral todo o grupo de estados seus vizinhos, da Bahia ao Ceará, têm na sua história mais de um capítulo que poderia ser parte da história universal.
Destino de várias missões culturais e artísticas como a de Maurício de Nassau e a do Conde da
Boa Vista, a primeira procurando transplantar para América a evolução do pensamento humanista e utilitário, não mais revestido de uma economia de conquista, porém lastreado de uma concepção revolucionária de interesse local e imediato; a segunda, reflexo vivo da revolução industrial, a região pernambucana muito cedo se reveste de uma subsistência intelectual que tem sido a marca inconfundível do seu desenvolvimento cívico-cultural.
Foi sede de graves debates da inteligência, como foi berço de grandes sonhos libertários dos movimentos progressistas no século XIX.
Teve em Tobias Barreto e Sílvio Romero, da chamada Escola do Recife, verdadeiros instauradores, no continente americano, de um pensamento filosófico de alta categoria, como tem hoje em Gilberto Freyre e seus discípulos, a orientação de um pensamento sociológico de nítida significação brasileira.
Acolheu com os mestres de