Perigos de exposiçao a poeira
Os perigos existentes nos trabalhos expostos a poeira são bastante variados. A poeira, dentre eles, por ser um agente tão natural na atividade, não tem recebido a suficiente atenção.
A poeira é composta por partículas suspensas no ar, liberadas durante os processos de trituração, manejo, pulverização ou decomposição de materiais sólidos. Quando a poeira é inalada, as partículas maiores encontram algumas defesas naturais do trato respiratório e ficam retidos nos pelos do nariz, no muco existente na traqueia, brônquios e nos bronquíolos. Entretanto, é bem provável que as partículas menores atinjam as partes mais profundas dos pulmões.
Existem certas partículas que se tornam muito perigosas quando aderem a algumas áreas do sistema respiratório; outras, porém, se tornam muito mais perigosas ainda quando ingressam nos alvéolos pulmonares, onde é feita a transferência de oxigênio. A inalação da poeira pode apresentar efeito imediato, como por exemplo, uma irritação do nariz e garganta, ou retardado, como no caso da silicose, pneumoconiose decorrente da superexposição às partículas da sílica.
Lamentavelmente há situações em que os efeitos da superexposição a certas partículas tais como à sílica e ao asbesto não são evidentes senão depois de oito, dez, quinze ou mais anos, quando já se tornam difícil de tratar.
Entre as partículas mais comuns presentes na indústria da construção estão as de:
• Sílica, presente nos trabalhos de britagem, nos jateamentos de areia, que certamente ainda existem, nas demolições etc;
• Asbesto, existente na retirada e destruição dos telhados e caixas d água de amianto de galpões ou de velhas construções;
• Chumbo, proveniente dos serviços de jateamento para limpeza de superfícies pintadas;
• Madeira, quando serradas ou lixadas;
• Fibras minerais artificiais, utilizadas nos serviços de isolamento;
• Poeiras orgânicas, provenientes dos excrementos de pombos e até de morcegos, nas