percepçao
Elaine Rabelo Neiva, Maria das Graça Torres da Paz
Resumo
Este estudo considera a distinção entre poder organizacional e influência pessoal e apresenta como objetivos: 1) identificar as configurações de poder de duas organizações públicas; 2) verificar o quanto os indivíduos se percebem como usuários dos sistemas de influência organizacionais e o grau em que se percebem como influenciadores da unidade em que trabalham (autopercepção); 3) verificar o grau em que os indivíduos são percebidos como influenciadores da unidade em que trabalham (hetero-percepção); 4) estabelecer relações entre as variáveis anteriormente citadas e as variáveis demográficas. Foram aplicadas, a 202 funcionários de duas organizações, as escalas de Configuração de Poder Organizacional e de Autopercepção do uso dos sistemas de influência organizacionais e uma escala de Percepção de Influência no setor de trabalho. Os resultados retrataram que as organizações têm configurações semelhantes e que os sujeitos se consideraram exercendo mais influência do que realmente exercem de acordo com a percepção dos colegas.
Percepção “é o processo pelo qual as pessoas tomam conhecimento de si, dos outros e do mundo à sua volta”. O processo perceptivo é uma ferramenta fundamental nos relacionamentos, pois aguça a interpretação de sinais interiores e exteriores. Provoca reflexões críticas gerando nas pessoas a necessidade de reavaliarem suas próprias crenças como mecanismo de preservação da qualidade de vida e da sua identidade humana.
Mas para tanto é imprescindível o investimento no autoconhecimento e no relacionamento interpessoal – incluindo a família, os amigos, chefes e colegas, pois esse processo gera uma avalanche que “desaba” sobre o ambiente organizacional e repercute na relação de emprego. Na maioria das vezes, as pessoas só se dão conta dessa avalanche – que ocorre a sua volta – quando já estão sendo esmagadas por ela.
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