Pentecostes
O Pentecostes era uma celebração festiva do povo de Israel, cujo significado apontava para a colheita da salvação no mundo como resultado da ação direta e sobrenatural do Espírito Santo sobre a igreja.
No Antigo Testamento esta festa acontecia cinquenta dias após a festa da Páscoa. Também chamada de “Festa da Colheita” (Êx 23:16) por se tratar da colheita de grãos, ou chamada de “Festa das Semanas” porque tinha uma duração de sete semanas, iniciando com a colheita da cevada e terminando com a colheita de trigo (Det. 24.22), ou chamada de “Dia das Primícias dos Frutos” porque uma oferta voluntária era trazida a Deus em reconhecimento aos primeiros frutos colhidos na sega. No antigo calendário israelita, Pentecostes era uma das três e mais importantes festas judaicas em que os homens israelitas deveriam ir ao templo para adorar a Deus (Lv 23:21). O principal objetivo da festa de Pentecostes era fazer que Deus sempre estivesse na memória do povo israelita e estimular o espírito de unidade e fraternidade entre os trabalhadores do campo, os servos e estrangeiros. Uma característica desta festa, tanto no período do Antigo Testamento como no Novo Testamento, é que ela “era cosmopolita, isto é, ela reunia pessoas de todas as raças e condições sociais (conforme Dt 16.11 e At 2.1-13).
No período do Novo Testamento, o dia de Pentecostes foi um acontecimento marcante para os apóstolos e a igreja cristã primitiva. Foi o primeiro grande derramamento do Espírito Santo, a primeira bênção especial outorgada por Cristo à sua igreja depois que Ele entrou no Santuário Celestial para realizar Seu ministério sacerdotal, sendo também entronizado no reino do Pai.
Porém, o dia de Pentecostes foi, sobretudo, o cumprimento das promessas especiais proferidas pelo profeta Joel e por Jesus, cujo cumprimento haveria de capacitar a igreja para a missão de pregar o evangelho. De fato, o grande poder do Céu dotou os apóstolos de coragem e