Pedologia
INTRODUÇÃO
1.1. CONCEITO DE SOLO
O solo ocupa a parte mais externa do globo terrestre, na posição de contato com as massas gasosas e líquidas. É, ao mesmo tempo, uma região de transição dos três estados da matéria e um regulador da manifestação de propriedades de sólidos, de líquidos e de gases.
O solo não apresenta apenas, mera mistura de minerais fragmentados e matéria orgânica em vários estágios de decomposição e de mineralização. É, na realidade, um pouco mais do que os conhecimentos disponíveis permitem visualizar: representa um conjunto de fenômenos naturais ainda mal percebidos pelos recursos atuais, disponíveis à investigação.
Quando se caracteriza o solo, claramente se percebe tratar-se de uma parte bem organizada da natureza, ajustada a múltiplas funções de um equilíbrio dinâmico.
Aquele que se aproxima do solo verifica ser ele um corpo natural, independente e dinâmico, adquirindo propriedades ou características variáveis com a natureza, intensidade e extensão das forças que sobre ele atuam.
Na parte superior do corpo do solo, às proximidades da interface sólido-gás, desenvolve-se uma biologia, caracterizada pela presença de formas desde as mais primitivas, a seres altamente organizados, os quais exercitando demolições e sínteses, concorrem para a manifestação de importantes atributos que interessam à vegetais e animais superiores.
1.2. O SOLO E A ROCHA
A importância da rocha na formação do solo é conhecida já de algum tempo.
Nos meados do século passado, cientistas europeus como Thaer (1853), Fallou
(1862), Richthofen (1866), propuseram sistemas de classificação de solos com base na geologia e na composição mineralógica do material que lhes deu origem.
A maior ênfase ao material de origem como fator de formação de solos,
Introdução
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entretanto, foi dada pelo grande cientista russo, pioneiro da pedologia moderna,
Dokuchaev (1883), e pelos seus discípulos Glinka e Sibirtsev.
MARBUT (1935), foi quem introduziu os