Pedagogia
Síntese
Para Rousseau, a educação inicia a partir do momento que nascemos e o vínculo familiar é de grande significância, portanto, a excelente educação depende da harmonia entre o preceptor e os pais.
Essa teoria fica clara em uma passagem do texto do Emílio, onde Rousseau afirma que pais e educadores devem respeitar a temporalidade, que é própria da natureza infantil. “A infância tem maneiras de ver, de pensar, de sentir que lhe são próprias”. (p.86)
Apesar de vivermos em sociedade, com nossos atos regrados, vigiados, Rousseau pressupõe a liberdade como sendo o natural.
Ao contrário dos preconceitos e instituições humanas que fazem com que o homem fique cada vez mais frágil, a natureza nada exige, exceto ser feliz e a felicidade significa fazer o que se tem vontade.
O filósofo condena as restrições impostas a criança e sugere a liberdade que tornará o ser forte.
Rousseau propõe primeiramente a liberdade natural, onde a necessidade de se movimentar prevalece, favorecendo os instintos, as verdades e a bondade. Quando a criança estiver mais madura, ela passará a ser educada conforme suas curiosidades vão surgindo e a partir dos 15 anos será educada para a vida em sociedade, tendo o coração preservado.
Quando se fala em educação moral, é demonstrado que cada criança tem seu tempo de maturação e que usará sua percepção e seu raciocínio na medida do possível, aprenderá com alegria e facilidade.
Provocar a curiosidade, instigar a sensibilidade de maneira que usem seus instintos a fim de que possam descobrir suas próprias necessidades, são tarefas para os pais e educadores. A liberdade deve ser compreendida a partir desses parâmetros.
Na educação naturalista ou negativa, a criança tem a infância preservada, o ser que já nasce bom não é corrompido com as fantasias criadas pela sociedade.
Se pudermos transportar a educação idealizada no Emílio para os dias de hoje, vamos nos deparar com a necessidade e a possibilidade