Pedagogia
Luciana Cristina Salvatti Coutinho
Pedagoga pela Faculdade de Educação da Unicamp. Mestranda em Filosofia e História da Educação pela FE/Unicamp. Membro do grupo de estudos e pesquisas HISTEDBR
Introdução
O autor, na introdução, tece os caminhos que levaram a sociedade da prática da exclusão social à integração social e, finalmente, para a inclusão social, tal qual se veicula, hoje.
Esse movimento histórico expressou-se, também, na paulatina mudança das categorias utilizadas para identificar e analisar as pessoas e as ações que experienciam processos de exclusão/integração/inclusão. De deficiente passou-se a utilizar o termo diferente.
Esse caminho caracterizou-se, inclusive, por uma maior organização dos princípios e processos inclusivos, alastrando-se, gradativamente, por todos os países do mundo. Os princípios de práticas inclusivas, segundo o autor, são: “celebração das diferenças, direito de pertencer, valorização da diversidade humana, solidariedade humanitária, igual importância das minorias, cidadania com qualidade de vida” (p.17).
1. Os novos paradigmas.
Os conceitos inclusivistas são recentes na literatura especializada da área e é resultado da passagem de um modelo médico da deficiência para um modelo social. Sua importância reside no fato de que permitem analisar os processos de inclusão e, ao mesmo tempo, orientá-los.
O modelo médico caracteriza-se por considerar as pessoas deficientes como doentes. As ações e práticas, portanto, são integradoras, ou seja, buscam sanar as deficiências a fim de que as pessoas possam se integrar à sociedade através da adequação às normais sociais. É possível verificar a materialização dessa visão inclusive nos textos legais. Segundo o autor, este modelo, por estar muito arraigado na mentalidade das pessoas, é um dos responsáveis pela resistência da sociedade em perceber a necessidade de mudar as