Pedagogia

O ensino itinerante como suporte para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na rede pública de ensino: uma abordagem etnográfica
Márcia Denise Pletsch.

Dentre as várias maneiras de realizar uma pesquisa qualitativa em educação, o estudo de caso etnográfico vem ocupando lugar crescente. Trata-se de uma modalidade de pesquisa qualitativa que une características do ‘estudo de caso’ com a ‘etnografia’. Estudo de caso é o estudo exaustivo de um caso em particular (uma unidade), a fim de compreendê-lo enquanto instância singular, que, ao mesmo tempo em que possui dinamismo próprio, está inserida em uma realidade situada. O interesse do pesquisador deve ser estudar a unidade em suas especificidades, o que não impede que ele atente ao contexto e às inter-relações com o todo. Nesse sentido, o estudo deve ser “retrato vivo da situação investigada, tomada em suas múltiplas dimensões e em sua complexidade própria” (André, 1995, p. 55). São características do estudo de caso: a ‘interpretação em contexto’; utilização de uma variedade de informantes, fontes de informação e situações; inclusão de diferentes pontos de vista, mesmo que conflitantes; englobar a perspectiva do próprio pesquisador; ter um plano de trabalho flexível, que se configura no decorrer do campo (Lüdke e André, 1986).
A Pesquisa é fundamental para se obter conhecimentos de um problema ou mais e tentar solucioná-los da maneira mais prática. Pessoas especiais merecem a inclusão no ensino regular por assim dizer, principalmente os de grau mais leve. E o educador deve ter a sensibilidade ao ponto de saber lidar com eles bem como os alunos da classe em que esta se inserindo, e assim tentar solucionar a medida do possível os problemas que surgirão no cotidiano. Existe um numero grande ainda de docentes “despreparados” para esta atividade e muitos não querem manter um relacionamento com esse tipo de “problema”. Ainda existe muito pré-conceito e muitas desigualdades em cima dos portadores