Pedagogia
Gozação, agressão, ofensa e humilhação... O que para muitos era “normal”, coisa de criança e de adolescente é, na verdade, bullying - palavra em inglês que é usada com o sentido de zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, ignorar, ofender, bater, ferir, discriminar e colocar apelidos maldosos.
A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais e à depressão.
Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), organização não-governamental, dos 5.482 alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro que foram ouvidos na pesquisa, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying.
Segundo o Diretor-Geral do Maxi, Virgílio Tomasetti Júnior, apesar de não existir uma tradução exata para a palavra bullying, ela seria aproximadamente o mesmo que atenazar ou , no popular, atazanar: “Nenhuma escola pode ignorar tal ocorrência, comumente perceptível em seus domínios. Cabe à escola coibir atitudes agressivas, protegendo tanto os agressores quanto os agredidos. De fato, ambos, agressores e agredidos, apresentam problemas psicológicos que, caso não tratados, podem explodir desastrosamente, como mostra o documentário de Michael Moore, 'Tiros em Columbine', ou então o filme 'Elefante', que trata este tema”.
Tomasetti explica que tudo começa com a escolha do “pele”, que se torna a vítima de um agressor ou de um bando de agressores: “O assédio moral e físico é intenso, deixando a vítima constrangida e assustada. Pesquisas em países como a Austrália mostram que o bullying pode levar a altos níveis de ansiedade, a estresse, à