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Freire, Paulo (1992). Pedagogia da esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 245 p.Review by Ana Lúcia Souza de Freitas (PUCRS, Brasil)
[First appeared in: La Salle: Revista de Educação;, Ciência e Cultura/Centro
Educacional La Salle de Ensino Superior (CELES) 2 (1), pp. 114-117 (Outono de 1997). Reproduced with permission.]
As Primeiras palavras de Pedagogia da esperança mostram- nos claramente a convicção de Paulo Freire sobre a necessidade da esperança e do sonho para a existência humana e a necessária luta para fazê- la melhor. Segundo ele, a esperança é uma necessidade ontológica, pois sem um mínimo de esperança não podemos sequer começar o embate. Alerta, entretanto, que atribuir à esperança o poder de transformar a realidade seria um modo excelente de cair na desesperança, pois "enquanto necessidade ontológica a esperança precisa da prática para tornar- se concretude histórica" (p. 11). Assim, explica a necessidade de uma educação da esperança, pois
"como programa, a desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo" (p. 10).
Uma das tarefas do educador ou educadora progressista é desvelar as possibilidades para a esperança, não importam os obstáculos. A pedagogia da esperança faz-se também necessária para o enfrentamento das "situações- limites", ou seja: os obstáculos e barr eiras que precisam ser vencidas ao longo de nossas vidas pessoal e social. Segundo Paulo Freire, as pessoas têm várias atitudes frente a essas situaçõeslimites: "ou as percebem como um obstáculo que não podem transpor; ou como algo que não querem transpor; ou ainda como algo que sabem que existe e precisa ser rompido e então se empenham na sua superação" (p. 205).
A esperança faz- se necessária, portanto, para romper essas "situações- limites" e, ao assumir uma postura crítica frente ao mundo, negar o dado, em ações de superação