Paz verdadeira
É comum se confundir a ideia de paz com estagnação.
Para muitos, ela significa nada fazer. É a possibilidade do repouso, descanso adjetivado como merecido.
Para outros, ter paz é não ter obrigações, não ter que cumprir horários, é poder se supor em liberdade, sem entraves de disciplinas.
Para outros tantos a paz é ter conforto material, facilidades econômicas, prestígio social, tudo enfim, que alimente a fantasia do poder.
Para alguns mais, a paz significa ter a família bem constituída sem ondas agitadas no relacionamento doméstico. É ter filhos ajustados, estudiosos, que não facultem maiores preocupações.
Para muitos a paz significa gozar de saúde física, não necessitar de cuidados médicos. Jamais ter de se submeter a cirurgias ou hospitalizações, é não ter sequer um resfriado, vangloriando-se, então, de possuir uma saúde perfeita, ante o comum dos mortais que são portadores de mazelas e carências corporais.
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A paz proclamada pelo Cristo é bem diferente disto tudo. Está muito longe desses conceitos que alimentam vaidade, que incentivam privilégios ou discórdias.
A paz que o Cristo veio trazer e nos legou é a que propõe trabalho ativo e continuado para o bem.
É a que ensina o cumprimento dos deveres como parte da autodisciplina. É a que sabe tirar proveito das dificuldades materiais, não permitindo acomodação, fomentando a luta por suplantar as provas.
A paz que vem do Mestre Jesus é a que permite enfrentar a família-problema, sem propostas de fuga, permitindo que cada um seja o professor do outro, portas adentro do lar.
A paz do Cristo é a que ensina ao indivíduo a fazer bom uso do seu corpo, não importando se enfermo ou sadio, pois ele é instrumento de que se utiliza o Espírito para avançar, para progredir rumo ao aperfeiçoamento.
Ter paz é agir no bem.
A paz real é a que