Paulo
Estudando o Mar na época de Filipe II de Espanha, Braudel inicialmente iria abordar temas políticos, em conformidade com as principais correntes historiográficas do período, como por exemplo, a escola metódica, para além de ser verificável um claro recurso à Geografia - temos assim a Geo-história -, naquele que seria um dos estudos mais notáveis da coeva historiografia. Porém, mais adiante em sua carreira, Braudel conhece Lucien Febvre, que se torna seu mestre e o aconselha uma mudança na temática de seu trabalho: Ao invés de se ater apenas ao tema politico, Lucien Febvre o aconselha a estudar a história do Mar Mediterrâneo de uma perspectiva mais ampla, analisando outros aspectos do período como, por exemplo, a economia da região naquela época.
Trabalhando nesse estudo ao longo de uma vida inteira, Braudel passou por diversos momentos felizes e tristes. Em 1935, ele abandona temporariamente o mediterrâneo e vem ao Brasil, onde por três anos se dedica, junto com um grupo de intelectuais franceses, a colaborar na organização da Universidade de São Paulo. Aqui permanece até 1937 finalizando assim um período em que o próprio historiador classificou como um dos mais felizes da sua vida. Seguindo o período feliz, veio o período de sofrimento. Pouco depois de seu retorno a França, inicia-se a segunda guerra