PATRIMÔNIO, EDUCAÇÃO E CINEMA

O cinema proporciona ao seu público uma combinação de realidade e ficção, desencadeando uma relação entre tempo e memória, entre imagem e imaginário, podendo dar um novo propósito ao presente vivido. Além disso, a história do cinema mostra a força que os patrimônios culturais possuem, transmitindo para a sociedade que cada região tem a sua cultura, onde cada um possui costumes, tradições musicais e artísticas, culinária e artesanatos diferentes, fazendo com que cada cidade possua atrações diferenciadas que chamem a atenção dos visitantes.
Os monumentos e edifícios antigos foram criados com o propósito de fazer a sociedade lembrar e refletir sobre o que ali ocorreu ou o que aquilo representa, fazendo com que o povo de tal região conheça sua história e sua descendência. Por isso, o patrimônio e o desenvolvimento locam devem andar lado a lado, fazendo com que haja um aproveitamento das oportunidades para sua valorização, preservação e difusão.
A participação dos atores locais no desenvolvimento de estratégias, na tomada e decisões e em sua implantação, torna-se crucial para a manutenção ideológica regional. Nesse aspecto o cinema pode ajudar registrando o orgulho da comunidade, dando continuidade à história local. O cinema contribui na reabilitação do patrimônio, na redescoberta do passado e na criação de um respeito maior pelo passado.
Segundo Walter Salles, o cinema tem o papel de “gerar uma memória de nós mesmos”, assim, nos tornamos composição de um retrato da sociedade. O cinema é uma mídia que tem o poder de flutuar pelo tempo, com isso torna-se indispensável no apoio às operações de memória, nos levando a refletir sobre as “memórias de esquecimento” da nossa sociedade.
O roteirista quando escreve, utiliza-se de imagens em locais específicos, para assim constituir nossa memória. Um filme está repleto de sentidos, uma imagem, uma música, um lugar. Mas cada espectador terá uma interpretação distinta, tornando sua experiência única.
O desenvolvimento local