patetes geneticas
Sistemas de liberação controlada
Desde as últimas décadas, uma atenção considerável esteve voltada para o desenvolvimento de novos sistemas de transporte de drogas, principalmente, porque a utilização da maioria dos compostos terapêuticos é sempre limitada pela impossibilidade de aumento de dosagem. Problemas inerentes à utilização do fármaco em concentrações elevadas levaram a um grande esforço dos pesquisadores, no sentido de desenvolver sistemas capazes de transportar o fármaco até um alvo específico, diminuindo, assim, os efeitos indesejáveis resultantes de sua ação em outros sítios.
Nestes sistemas, o fármaco está ligado a um transportador (carreador), que é o responsável por contornar as propriedades físico-químicas limitantes dos fármacos encapsulados, melhorando, desta forma, a farmacodinâmica
(potencialização do efeito terapêutico), farmacocinética (controle da absorção e distribuição tecidual) e os efeitos toxicológicos (redução da toxicidade local e sistêmica) dos mesmos.
Os primeiros estudos realizados para a obtenção de sistemas carreadores eficazes tiveram como base o encapsulamento de moléculas. O primeiro estudo data do início do século XX, quando Paul Ehrlich propôs o seu modelo, que ficou conhecido por “Bala Mágica de Ehrlich” (Ehrlich’s Magic Bullet). Hoje, seguindo a mesma idéia, existem sistemas carreadores, como lipossomas, niossomas, aquassomas, transferssomas, nanocáspulas, microcápsulas, ciclodextrinas, microesponjas, entre outros. Os dispositivos são frequentemente feitos sob medida e desenvolvidos tão cuidadosamente, quanto o fármaco que eles pretendem conter.
A natureza e a composição dos carreadores são muito variadas e não há predomínio de mecanismos de instabilidade e decomposição do fármaco, sendo sua administração segura (sem
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Juliana Sanchez Henrique
Renata Sarnauskas Falcare
Patrícia Santos Lopes
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