Patch e Nora
O que eu estivera pensando? Eu tinha chego pertíssimo de beijar o Patch. O mesmo Patch que poderia estar invadindo a minha mente. O mesmo Patch que tinha me salvado de mergulhar a morte no Arcanjo – porque era isso que eu tinha certeza que tinha acontecido, apesar de eu não ter nenhuma explicação lógica. Eu me perguntei se ele tinha, de algum modo, interrompido o tempo e me capturado durante a queda. Se ele era capaz de falar com os meus pensamentos, talvez, ele fosse capaz de outras coisas.
Ou talvez, eu pensei com um arrepio, eu já não possa confiar na minha mente.
Eu ainda tinha o pedaço de papel que o Patch tinha enfiado dentro do meu bolso, mas de jeito nenhum eu ia à festa hoje à noite. Eu secretamente gostava da atração entre nós, mas o mistério e a lugubridade pesavam mais. Eu ia descartar o Patch do meu sistema – e dessa vez eu falava sério. Seria como uma dieta de limpeza. O problema era que, a única dieta que eu já fizera falhara. Uma vez eu tentara ficar um mês inteiro sem chocolate. Nenhuma mordida. No fim de duas semanas, eu sucumbi e me entupi de mais chocolate do que teria comido em três meses.
Eu esperava que a minha dieta nada-de-chocolate não fosse uma previsão do que aconteceria se eu evitasse o Patch.
“O que você está fazendo?” eu perguntei, minha atenção voltada para a Vee.
“O que parece que estou fazendo? Estou tirando as etiquetas de preciso de liquidação desses sutiãs em liquidação e colocando nos sutiãs que não estão em promoção. Desse jeito eu consigo sutiãs sexy ao preço de sutiãs vagabundos.”
“Você não pode fazer isso. Ela vai escanear os códigos de barra quando você for ao caixa. Ela saberá o que você está aprontando.”
“Códigos de barra? Eles não escaneiam códigos de barra.” Ela não soava muito