Partidos e sistemas partidários – giovanni sarton
Texto: Partidos e Sistemas Partidários – Giovanni Sarton É de grande pertinência aqui, a distinção entre partido e facção, que eram bastante confundidos ou usados como sinônimos. Alguns autores deixaram suas definições. Em Bolingbroke, a sua visão referente a isso era de que o partido é algo negativo, que termina na facção, porém, existia a diferenciação de espécie entre eles. Mesmo que nos “partidos nacionais” houvesse uma preocupação com os “interesses nacionais”, logo se sujeitaria aos “interesses pessoais”, caindo na facção. Pra ele não existia diferença entre partido e facção, já que era inevitável que o primeiro se transformasse degenerasse no segundo. Apesar de ter essa linha de pensamento, ele admite que as vezes se faz necessário ter partido, quando o país se vira contra o rei, soberano, quando ele faz algo de errado, caso isso não aconteça, é dispensável. Em suma, Bolingbroke era antipartido. Hume veio depois de Bolingbroke, seguindo em alguns pontos, o mesmo pensamento que ele. No que se refere a facções, eles concordavam veemente. Quanto aos partidos, se faz menos radical, considerando que não era uma boa opção extinguir toda diversidade de partido. Hume faz classificações, se atentando às “facções”, que foram por ele dividas em: facções de interesse, principio e afeição. Já em Burke, os partidos não são facções, pelo fato de que no primeiro não se fundamenta apenas em interesses, mas principalmente, em princípios comuns. Diferentemente de Bolingbroke, Burke coloca o “partido” na mesma área do governo, admitindo a divisão entre súditos e