particulas
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia
Seminários de Física A
Prof. Dr. Antônio Lima Santos
Partículas Elementares
São Carlos, SP
2014
I.
Introdução
Uma das características do homem é sua constante curiosidade sobre tudo o que nos cerca. Desde as cavernas, tentamos entender a natureza e a razão de nossa própria existência através de perguntas aparentemente simples – por quê, como, para quê, etc. –, mas extremamente penetrantes.
Um dos primeiros questionamentos foi ‘De que as coisas são feitas?’ A resposta tem evoluído ao longo do tempo, segundo nossos conhecimentos acumulados e passados de geração em geração.
Aqui, será apresentado nosso entendimento atual sobre os blocos constituintes da matéria e as forças que regem os fenômenos da natureza. Será uma visão definitiva?
Certamente, não. A cada dia, temos algo novo a acrescentar a esse quadro.
II.
A natureza das coisas
Terra, fogo, água e ar. De que são feitas as coisas? Várias civilizações, em diferentes épocas, deram respostas distintas para essa pergunta. Para o filósofo grego
Empédocles (c. 490-430 a.C.), por exemplo, haveria quatro elementos eternos (terra, fogo, água e ar) e duas forças fundamentais: uma atrativa (o amor) e outra repulsiva (o ódio). Para os antigos chineses e indianos, madeira, metal e espaço também seriam constituintes básicos da matéria.
O não divisível. Por volta do século V a.C., os filósofos gregos Leucipo (c.480-420
a.C.) e Demócrito (c.460- c.370 a.C.) propuseram que a matéria era formada por corpúsculos diminutos, invisíveis, dotados de movimento veloz. Essas entidades foram denominadas átomos, cujo significado é ‘não’ (a) ‘divisível’ (tomo). As ideias da escola atomista sobreviveram no poema De Rerum Natura ( Sobre a natureza das coisas ), do romano Lucrécio (c. 99-55 a.C.).
III.
Fragmentando o indivisível
Atomismo - No século XVII, o físico e matemático inglês Isaac Newton (1642 –