Parnasinismo
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Contexto histórico. Como consequência da Revolução Industrial, o espaço geográfico, antes predominantemente rural, começou a sofrer modificações. Surgiram grandes aglomerações urbanas, e a sociedade acompanhou essa evolução: o proletariado, que antes sobrevivia à custa de trabalho braçal, mal remunerado e alienante (muitas vezes em regime de escravidão) nas fazendas de seu senhor feudal, passou a ser visto como mão-de-obra barata para trabalho braçal, mal remunerado e alienante (muitas vezes em regime de escravidão) nas fábricas de seus novos patrões, os capitalistas industriais. Contexto social: Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos. O Parnasianismo surgiu na França em oposição às escolas literárias Realismo e Naturalismo, opondo-se à prosa, já que foi um movimento essencialmente poético.
Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo) esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais. A inspiração nos modelos clássicos ajudaria a combater as emoções e fantasias exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio que desejavam.
O nome da escola vem do termo grego “Parnassus”, que diz respeito à figura mitológica que nomeia uma montanha na Grécia, morada de musas e do deus Apolo, local de inspiração para os poetas.. A denominação da escola literária se deve também à primeira publicação parnasiana, intitulada “Le parnasse contemporain”, a qual apresenta as seguintes características: linguagem descritiva, formas clássicas (rima, métrica), indiferença. Os fundamentos parnasianos retomaram a perfeição formal almejada pela Antiguidade clássica. Teve influência da doutrina ''arte pela