Parnasianismo
Início: Parnasse Contemporain (1866) – Théofile Gautier, Theodore de Banville, Charles Baudelaire e Lecontede Lisle
“Os poetas franceses, arregimentados no Parnasse Contemporain quiseram apenas lembrar que, em matéria de arte, não se compreende um artista sem arte; e que, sem palavras precisas, não há ideias vivas; que, sem locução perfeita, não há perfeita comunicação de sentimentos; e que não pode haver simplicidade artística sem trabalho, e mestria sem estudo. (Olavo Bilac)
Características em comum com o Realismo e Naturalismo:
- Combate ao Romantismo;
- Resgate do objetivismo na literatura;
- Gosto pelas descrições.
Os poetas estetizantes do período realista-naturalista, de forma análoga ao Arcadismo, imaginavam-se no monte Parnaso, a morada simbólica dos poetas da Grécia antiga. Lá encontrariam o refúgio para a atividade poética.
Características:
- Descritivismo aparentemente neutro do poeta (sem sentimentalismo);
- Procura da objetividade;
- Culto da forma poética;
- Universalismo (Grécia); Mitologia;
- Arte pela arte (descompromissada com a realidade);
- Sobriedade;
- Formalismo;
- Preciosismo;
- Inversões;
- Ourivesaria do verso.
No Brasil
- Inicia-se com a Batalha de Parnaso, no Diário do Rio de Janeiro (1878) e com a publicação da obra Fanfarras de Teófilo Dias (1882).
- Principais destaques: Olavo Bilac (1865-1918), o Príncipe dos Poetas; Alberto de Oliveira (1859-1937), o mais perfeito; Raimundo Correia (1858-1911), inovador; Vicente de Carvalho (1866-1924) e Francisca Júlia (1871-1920).
As pombas - Raimundo Correia Musa impassível – Francisca Júlia
Vai-se a primeira pomba despertada... Musa! Um gesto sequer de dor ou de sincero
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Luto jamais te afeie o cândido semblante!
De pombas vão-se dos pombais, apenas Diante de um Job, conserva o mesmo orgulho; e diante
Raia sanguínea e fresca a madrugada... De um morto, o mesmo olhar e