Parnasianismo
Movimento essencialmente poético, opunha-se ao Romantismo, adotando na poesia uma linguagem mais trabalhada com palavras sofisticadas e incomuns dispostas na construção das frases e, muitas vezes, de difícil compreensão.
O nome Parnaso origina-se da região montanhosa da Grécia, Parnassus onde, segundo a lenda, era a morada de musas e do deus grego Apolo, sendo um local de inspiração para poetas.
Teve influência na doutrina “arte pela arte”, que ressalta o belo e o refinamento através da autonomia da arte, alheia à realidade. Esta doutrina foi apresentada por Theóphile Gautier, poeta e crítico literário francês, ainda no período do Romantismo.
Fundamentos
Os fundamentos parnasianos retomaram a perfeição poética da Antiguidade Clássica, na qual a beleza de uma obra era sua elaboração formal, a maneira do poema se apresentar, ou seja, a técnica de construção do poema.
Para os parnasianos, a poesia devia ser objetiva, sem demonstrar emoção, caracterizando seu conceito em uma fórmula resumida com alguns itens básicos, como rimas ricas, objetividade e imparcialidade e uma preferência pelo soneto. Alguns críticos chegaram a considerar o parnasianismo como uma espécie de realismo na poesia, devido a sua linguagem descritiva.
Principais características do Parnasianismo
- Preocupação formal
- Comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura
- Referências a elementos da mitologia grega e latina
- Preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens)
- Enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas)
- Habilidade na criação dos versos
- Vocabulário culto
- Objetivismo
- Universalismo
- Apego à tradição clássica
A primeira publicação parnasiana foi “Le Parnasse Contemporain”, uma coletânea publicada em série (1866, 1869 e 1876)
Parnasianismo no Brasil
Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo do