parnasianismo e simbolismo
O Simbolismo representou, na Europa, a estética literária do final do século XIX, que foi contra as propostas do Realismo, que valorizava o material e o objetivo. O Simbolismo é oposição vigorosa ao triunfo de coisa e de fatos sobre o sujeito.
No Brasil, o Simbolismo começou em 1893, com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Estendeu-se até o ano de 1922, data da Semana de Arte Moderna. Diferente do que aconteceu na França, onde o Simbolismo sobrepôs-se ao Realismo e ao Parnasianismo, no Brasil o Simbolismo foi quase inteiramente abafado por esses movimentos, que tiveram muito prestígio entre as camadas cultas do país.
Na realidade, no final do século XIX e início do século XX, três tendências caminhavam paralelas: o Realismo em suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); o Simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica da época; e o Pré Modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupados em denunciar a realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.
O movimento simbolista chegou ao seu fim com a Semana de Arte Moderna, que neutralizou todas essas estéticas e traçou novos e definitivos rumos para a literatura brasileira.
O Simbolismo no Brasil teve um caráter poético. A prosa praticamente não existiu, uma vez que, quando houve prosa, ela foi poesia em prosa e pode ser encontrada na obra de Cruz e Sousa. Os principais autores dessa escola no país foram: Cruz e Sousa, representante máximo da estética simbolista brasileira, Alphonsus de Guimaraens, e Pedro Kilkerry.