Paredes
2.1 - TIPOS DE PAREDES
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CAPÍTULO 2.1 – TIPOS DE PAREDES
2.1.1 - INTRODUÇÃO
As paredes de alvenaria têm um papel decisivo no comportamento das construções. Se falarmos das alvenarias que realizam a envolvente exterior dos edifícios estamos a falar de elementos que representam a fronteira entre o interior e o exterior das habitações, por outro lado se falarmos de paredes divisórias estamos também a falar de elementos importantes pois são elas que fazem a “gestão” do espaço interior. Infelizmente, ainda hoje em dia é normalmente descorada a sua importância, e pura e simplesmente as paredes são ignoradas em fase de projecto. Normalmente, nesta fase, apenas é referida a sua geometria e o material a utilizar. Este facto leva, muitas vezes, a um mau desempenho das paredes de alvenaria. Alvenaria – associação de elementos naturais ou artificiais, constituindo uma construção. Correntemente a ligação entre os elementos é assegurada por argamassa. Os elementos aglutinados naturais são pedras irregulares ou regulares, os artificiais podem ser cerâmicos, de betão ou outros. A alvenaria pode ser reforçada com armaduras. [2] Tradicionalmente as alvenarias em Portugal apresentavam um certo carácter regional. Predominava a utilização de pedra em paredes espessas e muito pesadas. Na maior parte das situações estas paredes de pedra eram revestidas por rebocos espessos, porosos, de baixa rigidez e executados em várias camadas. Nas zonas mais expostas (costa marítima) era usual reforçar-se o revestimento para melhorar o comportamento face à chuva, com uma camada impermeável (á base de argamassa asfáltica ou, mais recentemente, uma argamassa rica em cimento). Noutras zonas melhorava-se este comportamento com a introdução de revestimentos impermeáveis, como os revestimentos decorativos cerâmicos e os revestimentos descontínuos de estanquidade (ardósia ou chapas de fibrocimento). As paredes de alvenaria de tijolo, em Portugal, sucederam-se às paredes