PARAZITOLOGIA
1. Local e mecanismo de ação: O albendazol é responsável por diversas alterações bioquímicas nos nematódeos alvos. Sua ação inclui a inibição da enzima fumarato redutase mitocondrial, a redução do transporte de glicose e o desacoplamento da respiração e da síntese de ATP, não ocorrendo a produção energética necessária para a respiração e reprodução do parasita. No entanto, sua principal ação farmacológica é inibir a polimerização dos microtúbulos, agindo sobre o monômero β-tubulina dos parasitas, decorrente da alta afinidade por essa proteína em relação à proteína dos mamíferos. 2. Efeitos: A morte do parasita ocorre de modo lento e a sua eliminação do trato gastrintestinal pode não ocorrer antes de um certo período após o início do tratamento. O albendazol também pode exercer efeitos larvicidas (doença hidática, cisticercose, ascaridíase e ancilostomíase) além de efeitos ovicidas (ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase). 3. Reações adversas: Quando utilizado em um período de 1-3 dias o fármaco é quase desprovido de efeitos adversos significativos. Podem ocorrer desconforto epigátrico leve e passageiro, diarréia, cefaléia, náusea, tontura, cansaço e insônia. Nos tratamentos em longo prazo, como no caso da doença hidática, ele é bem tolerado, mas pode causar desconforto abdominal, cefaleia (dor de cabeça), febre, fadiga (cansaço), alopecia (queda de cabelo), aumento das enzimas hepáticas e pancitopenia . O efeito colateral mais comum é o aumento da atividade sérica das aminotransferases , porém, as atividades da enzima retornam aos seus patamares normais após fim do tratamento. 4. Contra Indicações e Precauções: O fármaco e contra indicado a pacientes que tenha hipersensibilidade a ABZ (benzemidazólicos), paciente com cirrose – principalmente aquele que não foram pré-tratados com glicocorticóides -, e não deve ser administrado em gestantes devido ao seu efeito teratogênico e embriotóxico. Conforme orientação da OMS, o uso do fármaco em