Parasitologia
CASO CLÍNICO I - ASCARIDÍASE
O caso clínico aponta o parasita Ascaris lumbricoides como agente etiológico. São vermes nematódeos – fusiformes sem segmentação e com tubo digestivo completo. A fêmea possui aproximadamente 40 cm., uma região anterior com dois ovários filiformes e enovelados, útero, vagina e uma região posterior com extremidade afilada; já o macho, tem em média 30 cm., possui uma região anterior com boca (vestíbulo bucal) e esôfago, testículo filiforme e uma região posterior com dois epículos; os ovos são grandes (50 Um), com membrana externa mamilonada e internamente duas outras membranas que o conferem mais resistência. A infecção da parasitose (Ascaridíase) ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes em água ou alimentos.
Ciclo Biológico: MONOXÊNICO – O ser humano infectado libera, junto às fezes, ovos do parasita, que são ingeridos através da água ou alimentos contaminados. Os ovos férteis tornam-se embrionados em 15 dias dependendo de condições favoráveis de umidade, temperatura e oxigenação. A larva L1 (rabditóide) forma-se dentro do ovo e em uma semana sofre muda para L2 ainda no ovo. Após nova muda se transforma para L3 – forma infectante (filarióide). Após a ingestão, o ovo eclode no intestino delgado e as larvas L3 atravessam a parede intestinal e caem na corrente sanguínea ou linfática. Invadem o fígado após um dia mais ou menos, e em três, chegam ao coração direito. Migram para o pulmão e sofrem muda para L4. Nos alvéolos pulmonares diferenciam-se para L5 (devido aos nutrientes e ótima oxigenação que lá encontra). Na faringe são deglutidas ou expelidas, chegando ao estômago e no intestino delgado evoluem para forma adulta jovem. Em 60 dias completam a maturidade sexual.
As ações patogênicas principais são: lesões hepáticas e pulmonares (edema, pneumonia, tosse com sangue, falta de ar, febres baixas), nas fases de migração da larva; após chegada no intestino, podem causar, de uma forma