parasitologia
A malária existe há cerca de 50.000 anos. Os casos eram abundantes em outros tipos de animais se comparado com os humanos, devido à frequência de mosquitos que se alimentavam destes e não tinha predileção pelos homens. Só há 10.000 anos, com o início da agricultura, com o crescimento populacional e destruição desses animais e seus respectivos mosquitos, é que as populações de Anopheles (mosquito que apresenta predileção por humanos) explodiram em número, iniciando-se a verdadeira epidemia de malária. Foi uma doença que atingiu severamente o Império Romano e levou à sua queda porque atingiu sua base populacional e econômica. Foi uma das principais razões da lenta penetração dos europeus no interior da África na época colonial. O clima africano (bastante tropical) permitiu, e ainda permite, a multiplicação suficiente de número de mosquitos resultando na expansão da doença nesse local. Primeiro fármaco antimalárico: quinina. A resistência do parasita é quase universal devido ao mau uso da droga. O Anopheles-darlingi é o principal vetor da malária no Brasil. No início do século 20, a malária era uma das dez principais causas de mortalidade na cidade de São Paulo e em Campinas. Em 1930 a espécie Anopheles gambiase foi identificada na cidade de Natal (RN), e como não foi realizada nenhuma grande ação preventiva, houve espalhamento da doença no nordeste nos 10 anos seguintes. Com a implementação de uma estratégia efetiva, em dois anos foi possível controlar o mosquito anofelino no nordeste. Na década de 40, o controle da malária era exercido pelo Serviço Especial de Saúde Pública na região amazônica, pelo Serviço Estadual de Malária no estado de São Paulo e pelo Serviço Nacional de Malária, criado em 1941, no restante do país. Com essas medidas, no final da década de 60, houve a maior redução dos casos de malária, que desapareceram das regiões nordeste, sudeste e sul. Restou a região