PARANOIA
Tratando-se da paranoia, uma particularidade de psicose, é necessário elucidar seu grande efeito sobre as limitações dos campos da psicanálise. Para Lacan, grande teórico da psicanálise, a paranoia é: “linha divisora de águas”, pois, sua análise aprofundada sobre a teoria clássica de Freud, fez-se criar à diferença axiológica e epistemológica necessária à ramificação da ciência mental psicanalítica.
Tomado o ligeiro conhecimento das teorias, buscamos explorar ambas, entretanto, o enfoque principal será dado à teoria Clássica, baseada nas incursões de Sigmund Freud a respeito da paranoia. Compreendendo por tanto em nosso trabalho os seguintes conteúdos: História da paranoia; Definição de paranoia segundo Freud; Diferentes distúrbios paranoide; Diagnóstico; Tratamento; Perspectivas para os Pacientes Paranoides.
História da Paranoia
A paranoia tem sua teoria originária da psiquiatria clássica, descrevendo a como uma síndrome delirante e alucinatória, sem déficit intelectual, crônica e relativamente sistematizada. Essa concepção, advinda de J. C. Heinroth, em 1918, era partilhada por grandes nomes da psiquiatria da época. Contudo, antecedem esta concepção, as de:
W. Griessinger, 1845: Considerava o surgimento da paranoia associada à um período de perturbação afetiva. Propondo assim a razão do modelo mental, que tenta ocupar-se da consciência para gerir atos.
R.Van Krafft-Ebing,1879: Define paranoia como a síndrome de delírios crônicos sistematizados, existindo coerência nas representações.
Kreapelin, em aproximadamente, 1899: Delimita precisamente a paranoia, separando-a das diferentes manifestações de esquizofrenia.
Posteriormente a psiquiatria francesa aprofunda a teoria de Kreapelin, diferenciando os delírios em interpretativos e reivindicativos. Permitindo, mais tarde, que fossem classificados como passionais, reivindicativos, de ciúme e erotomania.
Mais tarde, Freud aponta a definição para as representações do inconsciente e do eu,