Para-raios
SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) Engenheiro Fauzi Geraix Filho
1- DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
1.1 Introdução a Descargas Atmosféricas A formação de cargas nas nuvens, e consequentemente sua descarga na terra, é um fenômeno normal e natural que assola a Terra e afligi a humanidade, causando prejuízos e mortes. Há milhares de anos os raios são observados e estudados, mais ainda poucos progressos foram obtidos a respeito do fenômeno, existindo ainda muitas duvidas (KINDERMAN, 1997).
De acordo com KINDERMAN (1997) apesar de todos os esforços, não conseguimos evitar que um raio caia sobre determinado prédio. No entanto, todos os cuidados são no sentido de disciplina-lo na sua queda, obrigando-o a seguir um caminho pré-determinado para a terra, ou seja, a implementação dos pára-raios.
Figura 6-Foto de um raio. Fonte: (Click Especial, Microservice).
1.2 Formação das Descargas Atmosféricas
KINDERMAN (1997) diz que a nuvem carregada induz no solo cargas positivas, que ocupam uma área correspondente ao tamanho da nuvem. Como a nuvem é arrastada pelo vento, a região de cargas positivas no solo acompanha o deslocamento da mesma, formando praticamente uma sombra de cargas positivas que segue a nuvem. Neste deslocamento, as cargas positivas induzidas vão escalando árvores, pessoas, pontes, edifícios, páraraios, morros, etc., ou seja, o solo sob a nuvem fica com carga positiva entre a nuvem e a terra formando diferenças de potenciais. Nota-se que para a descarga se efetuar não é necessário que o campo elétrico seja superior à rigidez dielétrica de toda a camada de ar entre a nuvem e o solo, bastando para isso, um campo elétrico bem menor. Isto é explicado pelo fato do ar entre a nuvem e a terra não ser homogêneo, pois contém grande quantidade de impurezas, umidade e ar ionizado, que estão em constante agitação. Com isto, o ar entre a nuvem e a terra fica muito