Para quê Filosofia?
No nossa vida cotidiana, fazemos perguntas frequentemente, avaliando pessoas e objetos usando um senso comum que nos foi passado naturalmente, por pessoas em nossa volta e por nossos sentidos.
Sabemos diferenciar realidade de ilusão, razão de loucura, usando esse senso comum que existe silenciosamente em nós.
Conseguimos avaliar coisas e pessoas pela qualidade (bonito, feio, ruim, bom) ou quantidade (mais, menos, maior, menor) afirmando assim que quantidade e qualidade existem, e pode ser usando a nosso favor.
Avaliamos pessoas e conseguimos distinguir verdade de mentira. Porém, mentira é diferente de sonho. O sonhador se ilude involuntariamente, o mentiroso decide mentir.
Seres humanos seguem regras e normas de conduta em sociedade, possuem valores religiosos, políticos e artísticos que só podem ser estabelecidos por seres dotados de raciocínio.
Observemos agora se pessoas mudassem seus critérios, fazendo perguntas querendo investigar ou esclarecer o que sempre foi óbvio a todos, como por exemplo: O que é a verdade? O que é o amor? O que é a liberdade?
Alguém que fizesse assim passaria a indagar suas crenças silenciosamente, querendo saber sua existência e por que do que sentimos. Adotando a chamada atitude filosófica.
Daí surge a primeira resposta à pergunta “O que é filosofia?”: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, ideias, os fatos, as situações, os valores. Jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido. A filosofia serve para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações.
Existem duas características filosóficas: a negativa e a positiva. A negativa é dizer não ao senso comum. A positiva é uma interrogação sobre o que são as coisas. O que é? Por que é? Como é? As duas características juntas constituem a atitude crítica e o pensamento crítico.
Mas afinal, pra que filosofia? O primordial para filosofia não seriam os conhecimentos, nem as teorias, mas o ensinamento