Para que serve o governo
Afinal de contas, para que serve o governo? Alguns dizem que o governo deve proteger o indivíduo e garantir a propriedade privada com o furor e a eficiência de um pitbull. Tratase da visão facciosa que inspira o Estado mínimo dos neoliberais do PSDB, cuja política resulta em desmonte da máquina pública, submissão da política econômica ao capitalismo global, arrocho aos salários e entrega do patrimônio público via privatizações. Aqui no Pará, sentimos na pele até hoje a privatização da Celpa.
Se o Brasil e o Pará tivessem persistido nesse caminho, certamente a crise financeira internacional de 2008 teria nos abatido, como nos Estados Unidos e em boa parte da
Europa. É evidente que as políticas do governo do Estado mínimo resultam sempre em mais atraso e pobreza.
Ao lançar a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), a então ministra Dilma definiu muito bem o Estado mínimo dos neoliberais tucanos: uma biruta que segue o dissabor dos ventos do mercado. Não há planejamento estratégico, a empresa pública é sabotada, não se faz alianças e nem se protege o setor privado das crises e se corta pela raiz o investimento público. A omissão caracteriza o Estado mínimo dos tucanos.
Especialmente em países como o Brasil – e no Pará, onde cerca de 2 milhões de pessoas ainda estão abaixo da linha de pobreza , governo só faz sentido se proteger os que mais precisam, reduzir a miséria e assegurar aos excluídos direitos fundamentais: saúde, educação, moradia, justiça, segurança, cultura, lazer, trabalho e renda são essenciais à cidadania e à dignidade humana.
O governo precisa induzir o desenvolvimento para transformar esse sonho em realidade. Para a minha geração especialmente, e para a geração do meu pai, e acredito que para a geração do pai dele, sempre foi claro que o Pará só poderá desenvolverse, de fato, se assenhorear de seus recursos minerais, de sua biodiversidade, de sua