Papéis Avulsos
PAPÉIS AVULSOS
Machado de Assis
Papéis avulsos é o terceiro livro do escritor Machado de Assis, em sua fase realista. Foi lançado em 1882. Os textos são decisivos na constituição do cânone de Machado de Assis. Com esse livro, a narrativa curta é legitimada como gênero de primeira importância no Brasil. A partir de Papéis
Avulsos, onde há uma reunião de excelentes histórias, percebemos o grande aperfeiçoamento da linguagem do autor, sendo considerado um momento de ruptura na sua forma de escrita. A começar pelo título, sugerindo casualidade no arranjo dos escritos, tem-se a postura sutilmente corrosiva e implacável na representação dos desvios à norma ou da incapacidade de se estabelecer uma norma para uma sociedade estruturada em bases contraditórias e violentas, sob uma camada muito tênue de civilidade.
O ALIENISTA
Escritos no mesmo período da renovação de Memórias póstumas de Brás Cubas, os contos reunidos no volume sistematizam traços estilísticos da forma livre, com que Machado de Assis inscreve sua obra no grande diálogo internacional da sátira menipéia, fundada no humor paródico e no relativismo cético.
A primeira edição em livro da obra é de 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis
Avulsos. Anteriormente havia sido publicado em
A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de
1881 a 15 de março de 1882. É dessa época também
Memórias Póstumas de Brás Cubas que se tornaria um verdadeiro ponto de irradiação da obra da segunda fase de Machado de Assis. O Alienista, sem dúvida, apresenta bastantes pontos de contato com esse romance monumental.
Análise da obra
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É comum, nas obras de Machado de Assis, a sua divisão em duas fases: a primeira, marcadamente romântica; e a segunda que sobressai por alguns ingredientes do estilo de época realista. Entretanto,
Machado de Assis, a rigor, não se prende às delimitações de um estilo de época, sempre