Paper - LA - Ensino Fundamental II
O eixo da oralidade no ensino / aprendizagem da língua materna – português – tem sido desconsiderado pelas editoras, professores e escolas de um modo geral. Equivocadamente tem-se considerado a fala como sendo a situação em que a Linguística nos permite a quebra da norma culta desde que nos comuniquemos, ou seja: que nos façamos entender e que entendamos o outro. Esta visão simplista de oralidade desconsidera que o discurso deve se ajustar de acordo com as situações formais ou informais em que o individuo se encontre. Portanto, este trabalho tem o propósito de analisar um pouco mais detalhadamente esta questão.
Palavras-chave: oralidade, língua materna, ensino/aprendizagem, discurso.
Introdução
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs são referencias para o ensino fundamental e médio de todo país. Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das escolas.
O objetivo os PCNs é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em lugares com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir dos conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possui caráter de obrigatoriedade. Os PCNs não são uma coleção de regra que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer, são uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática de ensino.
Contudo, dentre as diversas orientações sugeridas e ideias defendidas pelos PCNs a questão da oralidade é tratada sem a devida importância, chagando ao ponto de afirmar que “não é o papel da escola, ensinar o aluno a falar, isso é aprendido pela criança muito antes da idade escolar. Expressar-se oralmente é algo que requer confiança de si mesmo.”
Desta maneira o eixo da oralidade é, oficialmente, tratado com importância secundária no processo de ensino / aprendizagem da língua materna o que não deveria ser,